quarta-feira, maio 23, 2007

Milan vai tomar no Cúcuta

Um campeonato vencido pelo enfadonho Milan só não é mais digno de desprezo do que o fascínio de brasileiros pelo time de Silvio Berlusconi pelo mero fato de ele ter compatriotas em seu elenco. Patriotada no nível de Policarpo Quaresma ao som Don e Ravel por um jogador que retribui tanto o carinho nacional a ponto de esnobar defender a seleção na Copa América, alegando um cansaço em fim de três temporadas sem férias que não demonstrou hoje, justamente quando encerrou a terceira dessas temporadas.

Também, ainda que menos, por outros dois. Um que nunca ganhou nada além de justamente a Copa América pelo Brasil e outro que no ano passado foi a uma Copa do Mundo buscar um recorde pessoal - além do notório de passar quinze anos jogando como lateral sem aprender a fazer um cruzamento.

Besteira suprema do técnico do Liverpool, Rafa Benítez, foi deixar Peter Crouch, o Obina inglês, no banco. Ele nem tocou na bola no escanteio que deu o gol de honra dos reds, mas chamou toda a marcação e Kuyt ficou livre. Foi a primeira vez, já nos descontos, que isso ocorreu, embora o time inglês tenha tido diversos cóneres a seu favor.

Mas a maior besteira veio dos comentaristas da ESPN, que babaram o ovo daquele que comemorou o título mostrando uma camiseta com a ridícula inscrição I belong to Jesus como "sensacional". A repetição do segundo e derradeiro gol milanês deixa claro o espaço que ele teve para tocar para Inzaghi no meio dos marcadores. Aquele passe até o Fernando Vanucci de porre acertaria.

O Milan foi campeão da Europa começando sua vitória com um gol típico do mesmo Inzaghi. A bola bateu nele e entrou. Mas não tem nada não. No Mundial, eles ainda levam uma chinelada do Cúcuta.

terça-feira, maio 22, 2007

Mil meu com mil seu

Romário marcou seu milésimo repetindo o que melhor faz atualmente: chutar cachorro morto.

Foi assim no pênalti contra o Sport Recife, que já perdia por 2 a 0. Da mesma maneira que o Flamengo, em que fez o 999º - e ainda perdeu chance claríssima de fazer o mil.

Foi assim contra o Volta Redonda, que perdia por 3 a 0, quando ele entrou. E contra o Madureira, estava 1 a 1, mas quem empatou quando o Vasco perdia foi o Leandro Amaral.

sexta-feira, maio 18, 2007

PA, o visionário

"O Afonso, ex-Atlético que joga hoje no Heerenveen da Holanda, está na ponta da artilharia européia. O rapaz tem faro de gol, foi artilheiro da liga sueca por dois anos seguidos, e campeão pelo Malmö. Dunga, que é novidadeiro, acaba chamando."

Foi o que comentou nosso colaborador Paulo André Vieira em Fevereiro deste ano. A prova está AQUI.

Ele podia aproveitar e me passar os números dessa Sena aí que está acumulada.

quinta-feira, maio 10, 2007

Espaço alugado no fim do sonho rubro-negro

O resumo da eliminação do Flamengo na Libertadores agora há pouco fica por conta do comentário de meu amigo Rafael Roldão, estudante de jornalismo e ex-jogador de futsal, que nos deu o furo (com trocadilho, por favor) da semana passada sobre o racha-Fla - notícia, aliás, publicada, com algumas diferenças, um dia depois pelo JB (depois de abrir o link, clique duas vezes na setinha para virar as páginas e ler). Concordo com 90% do que ele diz. Depois, volto dizendo do que discordo:

De imediato, pra evitar protestos, vou àquilo que foi mais gritante na partida. O Flamengo sentiu na pele o que é sofrer com erros da arbitragem. Dessa vez, erros que ganharam destaque pela forma sucessiva com que aconteceram. O juíz Héctor Baldassi permitiu que os Uruguaios usassem e abusassem da violência e da catimba. Deu segmento ao jogo quando deveria pará-lo devido a faltas violentas dos jogadores do Defênsor e parou a partida ao enxergar faltas inexistentes dos jogadores do Flamengo. Não deu o devido acréscimo. Não distribuiu cartões amarelos como deveria. Os dois pênaltis não marcados, um em cima de Paulo Sérgio outro em Renato Augusto, de todos os lances são os que mais me permitem relevar a decisão da arbitragem. Foram jogadas quase na linha de fundo e Baldassi tinha a visão encoberta.

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Bruno merece um busto de bronze na Gávea.

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Apesar da fragilidade do adversário, o Flamengo não fez uma grande partida. Jogou na base da raça para compensar as evidentes deficiências, a exemplo dos últimos jogos do rubro-negro. Sobretudo no segundo-tempo, jogou de forma desordenada. Não criou grandes oportunidades de gol e se não fossem por dois belos chutes de Renato, que nessa partida voltou a jogar bem depois de algum tempo de atuações ruins, teria saído do Maracanã com um resultado ainda pior.

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Pro flamenguista, pior do que não ter Obina deve ser ter que ver Souza e Roni no ataque. O Fla precisa com urgência procurar um parceiro de ataque para jogar ao lado do atacante baiano no Brasileirão.

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Ney Franco mexeu mal no time. Além de fazer com que o seu time criasse menos, conseguiu a façanha de deixar o Flamengo vulnerável frente a um adversário muito fraco. Pra mim, o mineiro não tem competencia pra ser treinador do Flamengo.

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Após acertar aquele belíssimo petardo contra o Botafogo, Renato Augusto mostrou que ainda não se livrou da velha deficiência. Não acertou um único chute a gol na partida. Todo cuidado é pouco com o jovem jogador que tem muito a dar para o clube
da Gávea.


Voltei

O ataque do Flamengo, longe de ser uma dupla Romário & Bebeto, não é notavelmente ruim, embora tenha deficiências. Discordo de que Ney Franco não tenha competência para dirigir o Flamengo. Cometeu um erro hoje, ao sacar Clayton que, desta vez, vinha bem e pôr em campo Paulo Sérgio - ainda que tendo sofrido o segundo pênalti, ambos não marcados, muito jovem, em seus 17 anos para entrar na situação em que se encontrava o jogo.

Com mais um atacante, mas sem Clayton, que roubava a bola e criava, o Flamengo perdeu o meio de campo, em posse de bola e criação. Deixou de chegar ao ataque com a bola dominada, o que vinha proporcionando suas chances de gol, principalmente em chutes de fora de área, como o do segundo gol, ambos de Renato. E passou a perdê-la, dando ao Defensor o que ele não havia tido em nenhum momento até então: posse de bola e chances de gol, algumas delas claras, que só não sepultaram as chances rubro-negras mais cedo graças a (mais) uma atuação irrepreensível do goleiro Bruno.

Rafael chamou o time uruguaio de Defênsor de sacanagem. A Globo não cometeu este erro hoje na transmisão, mas diversos veículos o fizeram, em suas coberturas, pronunciando o nome da equipe como se fosse o de um time ingl~es. O mais curioso é que a palavra Defênsor não existe em nenhum idioma, nem em inglês. Quem acompanha a Premier League (ou foi além do begginner do Yázigi) sabe que Defensor na língua da rainha se escreve 'defender'.

PS: E o Grêmio venceu o São Paulo e passou. Ê timinho copeiro...

quinta-feira, maio 03, 2007

Racha-Fla

Renato seria o pivô.

Não de futsal, mas de um racha no time do Flamengo, que já acontecia e explocou depois da desastrosa derrota por 3 a 0 para o Defensor, no Uruguai, agora há pouco pelas oitavas-de-final da LIbertadores (em parte pelo campo, em parte pela arbitragem conivente com a catimba uruguaia, na imensa maior parte pela falta de garra do time carioca).

Renato, diz fonte fidedgina deste bolg, que tem ligações com o clube, "Quer decidir escalação. Não quer a galera de Minas no time. Quer Clayton e Moisés no time titular". Segundo nossa garganta profunda, Ney Franco reclamou, mas não teve coragem de tirá-lo do time (o meia é queridinho das 'organizadas') e deixou outros jogadores "indignados com a falta de punho. O grupo rachou".

De um lado, Renato e seus Blue Caps: Moisés, Clayton, Souza e Roni. Do outro, o Clube da Esquina de Ney Franco e seus importados de Minas. Correndo por fora, o trovador solitário - e, atualmente, desafinado - Juninho Paulista, insatisfeito por não vir jogando.

A "falta de punho" e a "divisão" se refletiram na escalação. Do bonde do Renato, só Clayton não jogou. Juninho teve sua chance e Leandro Salino, um mineiro que nunca mostrou a que veio, também. Ambos jogaram mal e saíram.

O mal estar pode ter influenciado em campo, mas o que se viu em campo certamente serviu para aumentá-lo. Após o jogo, Juninho, revoltado por ter sido substituído - corretamente, pois não jogou nada - partiu para cima de Ney Franco. Clayton, que nem jogou - e que, quando joga, geralmente também não vem jogando nada -, também. "Porrada envolvendo Clayton, Juninho e Ney". E parece que a turma do 'deixa disso' precisou separar. No intervalo, informou Márcio Iannaca, do Globo Esporte.com, Juninho já havia discutido com o técnico.

Para piorar - Eric Faria informa ao Sportv aora, do Uruguai -, torcedores ainda hostilizaram treinador e jogadores no aeroporto em Montevidéu.

quarta-feira, maio 02, 2007

You will never walk alone!

Com o insuportável Milan, de Berlusconi, Gattuso e Cafu, na final da Liga dos Campeões da Europa - após bater um inexplicavelmente apático Manchester United por 3 a 0, em casa -, este blog é Reds desde criancinha.

Não importa que os dois jogos contra o Chelsea (um '1 a 0' para cada e vitória do Liverpool nos pênaltis) tenham sido duas belas porcarias. Time que tem Cafu tem mais é que se se fu...