domingo, setembro 30, 2007

Baixou o Botafogo na seleção feminina

Nada menos chocante do que a derrota do Botafogo para o River Plate tomando os três gols que os argentinos precisavam fazer para se classificarem em meros 20 minutos. Depois da perda do estadual para o time inferior do Flamengo, da velocidade terrível de sua queda no Brasileiro, que iniciara como favorito, não há dúvida de que o alvinegro honrou sua tradição de cachorro vira-lata. O Botafogo nunca foi tão Botafogo.

Já na seleção feminina, parecia que a amarelinha serviria para não amarelar, agora que temos a melhor do mundo e passamos fácil pelas americanas, que já foram the big ones. Mas depois de um 2 a 0 pra alemãs e do pênalti perdido por Marta, que eliminou o espírito de tentar buscar a reação, a disputa figurada entre os times de homens pela camisa 10 não deixa muito ainda a se decidir: Nem Flamengo, nem Corinthians. Hoje, Marta é Fogão.

quinta-feira, setembro 27, 2007

Em choque

Ainda me é difícil analisar a inacreditável eliminação do Botafogo da Taça Sulamericana. O fraquíssimo time do River se superou e venceu por 4x2, com um jogador a menos, fazendo gol no último minuto de jogo.

A partida foi sensacional. A melhor do ano. O Botafogo, mesmo com um jogador a menos, empatava por 1x1. O River teve um jogador expulso e logo depois Dodô marcou 2x1. Os argentinos então teriam que fazer então improváveis 3 gols. Fizeram, aos 47 do segundo tempo.

Não sei o que será de Cuca agora, acho que ele cai e o time do Botafogo ou se enche de brios (duvido, não fez isso o ano todo) e reage, ou se arrasta até o fim do ano.

Um jogo histórico, que ficará na história do River Plate pra sempre. Partida daquelas que fazem o futebol ser o esporte mais popular do mundo.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Leão ruge, Falcão voa

O exemplo dado foi o de Garrincha, mas o craque do futsal Falcão já manifestou, como não poderia deixar de ser, a favor de Kerlon. A ala do Jaraguá é o melhor atual de jogador que seria tirado, no caso, das quadras, caso dribles inventivos fossem punidos com "um chute veloz na cara", como o Leão rugiu que "teme".

No reino animal da bola, o Leão ruge, mas o Falcão é quem volta alto.

segunda-feira, setembro 17, 2007

Apologia à porrada no reino animal


Sayyd Qutb, chefe da Irmandade Muçulmana, ícone do terrorismo sob desculpas religiosas, dizia que “O Islã não obriga ninguém a aceitar sua fé (...) O que pretende é abolir os sistemas políticos opressores sob os quais as pessoas não têm o direito de expressar sua liberdade de escolher em que acreditar, dando-lhes assim plena liberdade para decidir se querem ou não aceitar os princípios do Islã”. Precisa especificar o que ele defendia para quem não aceitava?

Neste domingo, 16 de setembro, o técnico do galo, Emerson Leão, declarou que não deseja mal a Kerlon, atacante da arqui-rival raposa, que aplicou o drible da foca – equilibrando a bola – para passar pelo atleticano Coelho, que lhe deu, então, uma cotovelada e foi, justamente, expulso. O Cruzeiro vencia o clássico por 4 a 3 e o placar permaneceu assim até o final.

“Temo no futuro, ele ficar fora de muitos anos, se um dia estiver fazendo isso e tomar um chute veloz, grave no rosto, e depois nunca mais jogar. Eu torço para que isso não aconteça nunca”, disse Leão.

Guardadas as devidas proporções em termos de gravidade, a torcida de Leão é igual à liberdade de Qutb, sem condenar em meia sílaba a covardia, somente a provocação da qual ela seria conseqüência inevitável. A culpa pelo estupro é sempre da minissaia.

A jihad contra a inventividade no futebol é tão nova quanto usar Deus como desculpa para matar, torturar e mutilar órgãos sexuais femininos. Quando Edílson comemorou, ainda em campo, fazendo embaixadinhas, o título paulista do Corinthians em 1999, virou alvo de pancada dos adversários palmeirenses e de adversários do futebol – comentaristas alinhados com a porrada, que, felizmente, não existiram a tempo de ‘temer’, no sentido Leão da palavra, que algum beque quebrasse as pernas tortas de Mané Garrincha.

segunda-feira, setembro 10, 2007

Antes da hora



Está escrito, podem ler aqui. Em 23 de Julho este blog dizia que o Botafogo jogava o melhor futebol no Brasil (na época, era verdade), mas também afirmava que o time precisava ainda convencer, pois não conseguia ganhar fora de casa. Muita coisa aconteceu desde então. O Botafogo, é verdade, venceu o Atlético-MG no Mineirão, mas o time hoje é só um rascunho do que já foi. Contusões, confusões, doping, erros de arbitragem, tudo parece ter jogado contra e pode ser apontado como a causa da queda de produção. Mas o grande pecado alvinegro foi atingir o ápice muito cedo no Brasileirão. O clube começou arrasador, com um índice de aproveitamento altíssimo, mas apenas os mais fanáticos realmente acreditavam que o Botafogo manteria aquele pique durante as 38 rodadas. Nenhum elenco, por melhor que seja, mantém. E isso nos leva ao...

São Paulo é campeão?

Ao contrário do Botafogo, o São Paulo começou o Brasileiro numa tremenda meia-boca. Vinha de uma goleada vergonhosa na semifinal do Paulista, fora eliminado pelo Grêmio na Libertadores e Muricy estava por um fio. Mas o carrancudo técnico sãopaulino fez o que todo bom treinador faz com um time limitado e desarrumado: ajeitou primeiro a defesa. Fez isso tão bem que até agora o tricolor paulista só levou sete (!) gols no campeonato. O ataque não é nenhuma maravilha, mas funciona suficientemente pra fazer o SPFC ganhar os pontos que precisa. Ainda mais agora, que Dagoberto começou a jogar bola.

Pode-se dizer que o São Paulo joga feio, retrancado, é faltoso, é eficiente, é moderno, é atrasado... tudo depende do seu ponto de vista. Mas uma coisa é clara: um time que vence o Botafogo no Maracanã, o Grêmio no Olímpico, o Vasco em São Januário, entre outros grandes resultados, merece ser líder disparado. Ao contrário do Botafogo, o São Paulo cresceu na hora certa.

Longe de casa

Outro time que não joga bem fora é o Flamengo. Mas dos quinze jogos que tem pela frente, fará dez no Maracanã. Escapará do rebaixamento com folga.

Onze pontos...

...são, mais ou menos, o que separam o Fluminense de se garantir na série A para 2008. Sem chances de ser campeão, isso é tudo que ainda importa pro clube das Laranjeiras no campeonato.