terça-feira, outubro 23, 2007

Vasco ou Botafogo?

Se Hamilton fosse um time de futebol, ele seria o Botafogo (quase campeão) ou o Vasco (vice)?

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Aliás, sobre o Vasco e o seu novo técnico interino, Romário, muitas piadas já foram feitas, mas duas questões o impedem de ser efetivado no cargo:

1)Ele teria que aparecer todo dia em São Januário. Técnico não pode ficar fazendo "teste físico" em casa.

2)Ele teria que ficar concentrado junto com o time, coisa que ele não deve fazer desde a última vez que jogou pela seleção. Concentração só é legal pra levar umas vagabundas pro quarto e dar balão na esposa.

Uma coisa era certeza: os treinos pela manhã no Vasco seriam abolidos.

sábado, outubro 20, 2007

Bandeirada para o gato mestre


Na iminência do primeiro campeonato de Fórmula I concorrido, com quatro candidatos reais ao título durante o ano e três até a última prova, em Interlagos, o Papo de Arquibancada entrevistou quem entende do assunto. Rodrigo Mattar, 35, mais conhecido como Mãozinha nas hostes ecoínas, fez a voz do gato mestre (lembram?), com seus improváveis e engraçados futebolísticos, e é comentarista de automobilismo do SporTV. O mais curioso é que o cara não dirie. Mas saca um bocado. Segue o papo com o camarada:

O Felipe Massa, sendo pole, ganha a corrida? E o Hamilton (107 pontos), largando à frente dos concorrentes (Fernando Alonso, 103, que busca o tricampeonato e Kimi Raikkonen, 100), vai fazer o quê para ser (o primeiro estreante) campeão? E o Felipe, leva de novo o GP do Brasil?

O Massa, se não fizer besteira, ganha a corrida, porque o Hamilton não vai ser burro de tentar ultrapassá-lo, porque correria o risco de bater e sair da corrida, que seria tudo o que o Alonso e o Raikkonen querem. O Hamilton vai ficar fazendo, como dizemos eu, Lito (Cavalcanti, tambem comentarista) e Reginaldo (Leme), " marcação homem-a-homem" no Raikkonen e no Alonoso, que vai ter uma missão muito mais difícil aora, que ficou em quarto, atrás do Raikkonen e do próprio Hamilton na largada. E nem vai ligar pro Massa [que, com 86 pontos, não tem chances de alcançá-los].

O que contribuiu mais para a posibilidade de o Hamilton ser o primeiro estreante campeão da Fórmula I? Ele que é realmente excelente ou qualquer bom piloto que pegasse a McLaren disputaria o título?

Não, ele é muito bom. Ele é surpreendente e pode ganhar de uma forma inédita, mas não dá para dizer que qualquer piloto bom ganharia a McLaren, tanto por ele ser realmente muito bom piloto, quanto por ser cria da equipe. Um alemão, por exemplo, poderia ter o apoio da Mercedes [que faz os motores], mas não da equipe como um todo, até porque ele é cria da McLaren, além de ser inglês. Tanto que isso surpreendeu o Alonso, que queria o De La Rosa (tamém espanhol) como segudo piloto e até pensou "ah, esse garoto é novo, não vai se meter", mas se deu mal nessa, quando viu os resultados. Acho até que o próprio Hamilton se surpreendeu.

O Alonso é bem brigão, não é?

Ele tem um temperamento difícil, mas neste caso tinha razão, porque foi chamado pela McLaren para ser o número um e, depois, eles colocaram um piloto inglês, da casa, e não deram o tratamento que ele esperava

Puxaram o tapete, de certa forma?


Sim. Até por isso, ele foi quem entregou o esquema de espionagem da McLaren, uma vez que recebeu as informações por e-mail.

E o Alonso, ganhando duas vezes com a Renault não tinha chance de ganhar de novo?

Não, porque a FIA estabeleceu pneu único para todas a equipes. Então, a Renault, que tinha o melhor pneu, da Michelin, perdeu, porque a Michelin se recusou a entrar nessa concorrência por um único pneu e saiu da competição. E a Renault parou de ter esse diferencial positivo.

O que você pensa dessa proibição?

Cara, é uma burrice, porque, primeiro, as equipes investem US$ 13 bilhões por ano com patrocínios e publicidade. Tirando os vários fabricantes de pneus, é menos um. Segundo, porque a guerra tecnológica sempre uma das características que dão graça, competitividade à Fórmula I. É besteira tirar isso.

As chances do Hamilton ser campeão aumentam em quanto com ele largando à frente dos dois concorrentes?

Eu diria... Em, pelo menos, uns 20%. Se ele não fizer besteira e não tiver problemas com o carro, o que é pouco provável, ganha, até porque é muito difícil ultrapassar hoje em dia na FI.

O que tem ele e o que têm o Alonso e o Raikkonen para tentarem erguer o troféu?


Olha, mais uma vantagem pro Felipe Massa ganhar a corrida de Interlagos é que a pista tem muitas retas e o carro da Ferrari anda melhor nelas, mais rápido. O que favorece a dificílima missão do Raikkonen também. Ele [Massa] teve problemas neste ano em pistas mais complicadas e cheias de curvas, como em Mônaco e na Hungria. O carro da McLaren não andou tão rápido, mas foi muto mais regular, então você pode ver que os erros do Alonso e do Hamilton foram deles próprios. O Hamilton só não ganha se fizer besteira ou tiver azar demais. O Alonso, se ganhar, o que está difícil, precisa torcer para o Hamilton estar duas posições atrás e o Raikkonen precisa de uma combinação monstra de resultados, é muito, mas muito difcíl...

O Felipe Massa foi prejudicado por problemas da equipe? Ele pode ser campeão, na sua opinião, no ano que vem?

Sim, a Ferrari apresentou problemas, como no câmbio ou na troca de pneus, problemas que a colocaram atrás da McLaren, que não corre tanto nas retas, mas foi muito mais regular. Como piloto, ele é bom, mas precisa melhorar o desempenho na chuva. Não digo para chegar ao nível do Senna, porque é complicado pilotar na chuva tão bem quanto ele, mas para, neste ponto, chegar ao nível do Hamilton, do Raikkonen e, notadamente, do Alonso, que o ultrapassou no GP da Europa porque estava chovendo e, então, correu muito mais, de forma que o Massa não teve como segurar e foi, indiscutivelmente, ultrapassado. Mas, melhorando esse ponto, ele compete para ser campeão no ano que vem sim.

E o Nelsinho Piquet? Ele corre ano que vem? E vinga? Podemos ter dois brasileiros novamente brigando pelo título, como Senna e Piquet??

Acho que sim. Com boa chance da Williams, que não é mais aquele super carro de 15, 20 anos atrás, mas vai competir para ser a quarta equipe da temporada e parece que ele é realmente bom.

quinta-feira, outubro 11, 2007

Não, a Copa não começa domingo.

Esqueça a conversa da máquina propagandista da TV: no campeonato de pontos corridos nem todo jogo é uma decisão e nem a Copa do Mundo começa domingo. O que começa são as eliminatórias, o "1o turno" delas, na verdade.

Claro, não vamos pra Copa se não passarmos pelas Eliminatórias, mas considerando o nível dos adversários sulamericanos, Brasil e Argentina tem OBRIGAÇÃO de assegurar sua vaga. Nem mesmo o Dunga escalando Afonso e deixando de fora bons jogadores só porque eles não jogam no exterior (João Pequeno já citou alguns mais abaixo) pode complicar essa vaga.

Então saia, vá ao cinema, passeie pela orla no horário de verão. Domingo o time da CBF (anteriormente conhecido por "Seleção Brasileira") vai cumprir tabela. Copa mesmo, só em 2010.

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Aliás, divulgo aqui uma sugestão de um colega meu de trabalho: a seleção se tornou uma coisa tão distante do brasileiro, jogando sempre fora do país e com jogadores que atuam no estrangeiro, que não haveria nada de errado se ela sediasse logo suas partidas pelas Eliminatórias na Europa. Até por uma questão de logística: facilitaria os translados dos atletas, já que todo mundo joga lá.

terça-feira, outubro 09, 2007

Tema de três cores


É uma pena que o Fluminense, atual campeão da Copa do Brasil, não tenha jogado o Brasileirão com o interesse que o campeonato e sua torcida merecem.

O mais curioso é que o time resolveu jogar bem na reta final da competição, quando o campeão será o São Paulo e não resta ao tricolor nada mais a disputar.

No Fla-Flu, como havia feito há 15 dias contra o Botafogo, o Flu jogou atento e determinado. Precisou de meros 4 minutos (1 no primeiro tempo e 3 no segundo) pra matar o jogo em 2x0 e calar a antes empolgada torcida do Flamengo.

O Tricolor, mais do que o "melhor do Rio" de 2007, será também, pelo que tudo indica, a Cidade Maravilhosa na Libertadores 2008. Vasco e Botafogo não parecem ter forças de reagir, e o "Fla-Bebel" (que sai e entra na "zona" sem parar), com a derrota, ficou a 11 pontos do primeiro classificado para a Libertadores. O jogo remarcado entre Vasco e Flamengo, que contece dia 18, será fundamental para definir o que cada clube ainda aspira nesse campeonato.

Ainda sobre o Flu, o time precisa de reforços em todos os setores se quiser jogar a Libertadores com mínimas chances: Somália é risível, Fernando Henrique é frangueiro, Alex Dias é ex-jogador em atividade e Junior César é extremamente irregular.

Mas há qualidades inegáveis: a zaga é estupenda. Luiz Alberto está em ótima fase e Thiago Silva é o melhor jogador em atividade hoje no Brasil. Pronto, falei. Não será Bola de Ouro porque é zagueiro.

O outro Thiago, o Neves, é uma das mais gratas surpresas do CB 2007. Se não mascarar, tem tudo pra fazer uma bela Libertadores. Jogadores em sua posição estão em falta no Brasil.

Se o Flu comprar bem, dispensar e contratar com critério (o que não é de seu feitio, convenhamos) pode, sim, sonhar em 2008 com dias ainda melhores, sepultando de vez sua má fase de 11 anos atrás - que só realmente importa, a esta altura, para os arqueólogos do futebol: viúvas de craques do passado que, apesar de não serem o Luciano Vianna, também só vivem em função dos (longínquos)Anos 80.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Tema de três técnicos

Vanderlei acerta

Vanderlei Luxemburgo deu bons toques há pouco no programa Bem, Amigos, do SporTV. Entre outras, condenou treinadores de divisões de base que escalam times com três zagueiros porque assim, segundo ele, o jovem aspirante acaba não aprendendo a jogar em sua função como ela é normalmente – em dupla. E ainda pediu que as categorias de base passassem a ser treinadas em campos menores, “para o garoto tocar mais na bola”.

De acordo com Luxemburgo, que exemplificou com Maradona – criado em peladas de rua – e craques que vieram do futsal, como Ronaldinho Gaúcho, quanto mais o adolescente toca na bola, mais intimidade ele cria. Enquanto que jogando em um campo comum, mas sem o mesmo tamanho de um adulto, esse contato diminui consideravelmente. Ele tem razão. Lembro que, longe de ter categoria para sonhar em ser um profissional, nunca gostei muito de jogar campo – só salão e, no máximo soçaite – justamente porque tocava na bola o tempo todo.

Sem compromisso com o erro

Ainda que por linhas tortas – até colocar o volante Túlio de técnico foi cogitado –, o Botafogo acertou ao trazer Cuca de volta. Persistir no erro de trocá-lo por Mário Sérgio seria burrice, simplesmente porque Cuca já mostrou que é bom técnico. Mário Sérgio, até agora, nos times por que passou, tem mostrado exatamente o contrário...

Nunca é demais lembrar que fim levou o Fluminense em 1996, ao improvisar o então jogador Renato Gaúcho – hoje, de fato um treinador – na função. Conseguiu o título, até agora, inédito no Brasil, de três rebaixamentos consecutivos, castigando uma virada de mesa naquele mesmo ano para permanecer na zelite.

Muito mais simples que um nó

Falando em Renato, em errou ao dizer que o Fluminense venceu o Flamengo porque deu um “nó tático” no rival, anulando os laterais e se apoderando, ironicamente, do termo criado pelo treinador rival, Joel Santana, há exatos 10 anos. Quem viu o jogo sabe que uma das melhores chances de empate do rubro-negro surgiu justamente de um avanço de Leonardo Moura, em que um beque tricolor quase fez contra ao cortar. O Flu ganhou porque fez um gol logo no começo, obrigando o Fla a se jogar ao ataque – se cansando com isso – e outro no início do 2º tempo, matando a chance de reação. Simples assim.

quarta-feira, outubro 03, 2007

A idade da bola

Dunga disse à Fátima Bernardes que não convoca o Dodô porque ele já tá meio velho, na casa dos trinta, para uma seleção que ele forma visando a Copa de 2010. Beleza? E o Gilberto, que tem a mesma idade? E o Leandro Amaral? E o André Lima, que é bem mais novo? E os laterais do Flamengo? Algum torcedor rubro-negro trocaria, em são consciência Juan e Leonardo Moura por Gilberto e Maicon? Eu, não...