terça-feira, março 27, 2007

Barbitúrico

Não existe remédio contra o sono melhor do que o jogo de hoje, Brasil 1 x 0 Gana. De certa forma, foi a ressurreição do famigerado 'Gol de Ouro', aquele que quem maracava, vencia o jogo, na prorrogação. Porque em um jogo tão cheio de oortunidades quanto às de um ambulante vender picolés no início de primavera na Suécia, onde foi disputado o amistoso, pôr uma bolinha nas redes já era quase a certeza da vitória.

De interessante mesmo, só a defesa antológica do goleiro Júlio Cesar em uma cabeçada à queima-roupa que ainda quicou no chão, quando o jogo ainda estava 0 a 0. Tchau, Dida.

Otário

É o adjetivo adequado para descrever uma meia-dúzia de ditos rubro-negros felizes por 'pelo menos' não terem tomado o milésimo (sic) gol do Romário na partida em que o Flamengo levou uma chapuletada de 3 a 0 do Vasco. Torcedor que se preza, num caso desses, fica é p*%¨%¨%¨%uto.

Inadequadas foram as perguntas de alguns repórteres ao técnico Ney Franco sobre se esclar apenas um volante teria tornado o time mais vulnerável. Não viram os dois jogos em que o Flamengo venceu o Paraná com o mesmo esquema?

Pois o meia Renato Augusto, man of great promise, viu, jogou (bem), mostrou que, além de armar, também sabe marcar e precisou lembrá-los de que o esquema nem sempre é o responsável por vencer ou perder, como bem destacou Fernando Calazans em sua coluna hoje nO Globo.

Sempre é bom lembrar que o Brasil tomou o terceiro gol de Paolo Rossi que o eliminou da Copa de 82 em um lance no qual tinha 10 jogadores dentro de sua área.

sábado, março 24, 2007

Bonito, mas também não diz mais nada

OK, o jogo foi bom, mas o Brasil atuou bem apenas o suficiente ara golear uma seleção chilena que, à exceção do Valdívia - inexplicavelmente na reserva -, não tem jogadores dignos de menção. E com uma preciosa ajuda do árbitro, que inventou o pênalti do primeiro gol.

Depois de fazer o quarto, o Brasil parou, acomodado, É aí que mora o perigo. No ano passado, nós vimos a que levou esse excesso de autoconfiança. Aliás, no amistoso anterior, também

PS:as duas vitórias sobre o Paraná, a segunda podendo ser por um placar maior, mostraram que de 'migué' na Libertadores o Flamengo não está

sexta-feira, março 23, 2007

Um tapinha que dói

O zagueiro Renato Silva não é mais jogador do Fluminense. Pego no exame antidoping do jogo contra o Volta Redonda, no 1o turno, por uso de maconha, o jogador foi dispensado por justa causa pelo clube.

Bom, e aí? Muito vai se discutir e já está se discutindo: o clube foi correto? Insensível? Hipócrita? Vamos aos fatos:

Não temos como saber se Renato Silva usou a substância recreativamente ou se é "viciado". De qualquer forma, o presidente tricolor se prontificou a pagar um tratamento contra a dependência, mesmo Renato não sendo mais seu funcionário.

É fato que Renato já não vinha agradando em campo e, inclusive, estava na reserva. Talvez, fosse um atleta indispensável, a reação da diretoria poderia ser mais branda. Também é fato que o zagueiro pode pegar um gancho de até DOIS ANOS de suspensão, e nenhum patrão pagaria alguém para não trabalhar por tanto tempo.

De qualquer maneira, não é justo cobrar uma ação paternalista do Fluminense, que é patrocinado por uma empresa médica (que não quer, com certeza, relacionar seu nome com consumo de "drogas")e mantém centenas de jovens em suas divisões de base. Infelizmente(?), é preciso dar o exemplo, e às vezes de forma sumária.

Pra mim o grande absurdo de toda a situação é que, na FIFA, fumar um baseado é mais grave que quebrar a perna ou a cara de um adversario. Jogadores dão cotoveladas e socos e pegam geralmente alguns jogos de suspensão. Renato pode ficar 720 dias (!!) sem praticar futebol por consumir uma substância que, sim, é ilegal, mas que comprovadamente não melhoraria em nada seu desempenho atlético.

Giba, do vôlei, foi uma prova de que pessoas podem ser bem sucedidas (até no esporte) tomando seu chopinho ou fumando seu baseado com moderação. Daquela vez e agora, poderíamos ter uma discussão interessante sobre a legislação do país e do esporte sobre o tema, mas provavelmente teremos o mesmo roteiro de sempre: Renato vai se internar, se dizer "viciado" e depois de um tempo se dizer "limpo".

quarta-feira, março 21, 2007

Os heróis de Maracaibo

Quando eu disse aqui, um tempo atrás, que o jogo entre Real Potosí e Flamengo, muito mais do que uma crueldade, foi um show de "migués" da equipe rubro-negra (como o próprio goleiro Bruno admitiu), até de idiota fui chamado.

Pois ontem o poderoso Maracaibo, da Venezuela, empatou em Potosí com o time local por 2x2. Mesmo placar do jogo que gerou até protesto formal do Flamengo junto à FIFA. Não houve notícias de jogadores tomando oxigênio na beira do campo, nem da imprensa chamando os pernas-de-pau do Maracaibo de "heróis".

O time da Gávea mostraria depois, ao longo dos jogos, que tem mais qualidade do que isso, o que desqualifica ainda mais essa apelação. Principalmente contra um adversário tão medíocre.

Ah, e para que não haja dúvida: a cidade de Maracaibo fica no nível do mar.

terça-feira, março 20, 2007

Aprendendo com Eurico

Voltando após um apagão aéreo do blogger, lembro que prefiro Pernambuco a São Paulo e, em termos de Juninhos, a impressão é a mesma. Ela já existia em relação ao futebol jogado por cada um, o Pernambucano bem mais inteligente, de visão, enquanto que o Paulista sempre dependeu muito da velocidade - que, felizmente, aos 33 anos, ainda preserva.

Para além das quatros linhas, porém, o Juninho de Pernambuco me impresionou quando, na final do Brasileiro de 2000, recusou-se a dar a vexaminosa volta olímpica em São Januário a mando do ex-deputado, enquanto a partida era interrompida e vários torcedores do clube que haviam pagado para torcer e se feriram com a queda do alambrado eram espantosamente desrespeitado por seu homem forte. Alem disso, o meia, hoje craque do Lyon, nunca aceitou as trocentas leis da mordaça impostas pelo manda chuva da colina.


Já seu xará pauista, apareceu hoje no RJ TV corroborando a imposição do ex-repórter Kleber Leite vertido a nível de Eurico - e endossada pelo presidente Márcio Braga - de não comentar a patética busca do milésimo gol de Romário que pode ser conclupida no clássico de domingo contra o Flamengo.

Juninho Paulista disse que o time tem que se concentrar na Libertadores, não tomar para si as preocupações de um jogador de outro time . Isso é óbvio, mas, desde que manifestado livremente por cada jogador. Como imposição da diretoria, é censura. E aí, com o assunto proibido cochichado daqui e dali, todo o mundo sabe, é muito pior.

Quadra de botão

Idéia de jerico da seleção brasileira de futsal jogar aistoso contra a Argentina em uma quadra de 31 metros de comprimento - sete a menos do que o mínimo permitido em jogos internacionais oficiais. Na quadrinha de botão, o Brasil goleou por 10 a 2 os platinos, que há muito não venciam por mais de três gols de diferença. Placar que, como humildemente admitiu o técnico PC, se deveu muito à pequeneza da quadra, que só por aqui ainda se usava normalmente há até dois anos.

Para quem viu pela TV, foi um horror. A linha lateral da quadra em que estava a câmera simplesmente não aparecia porque era coberta pela torcida. Em alguns lances, era preciso adivinhar onde estava a bola...

sexta-feira, março 16, 2007

Tudo igual no Sul

O Grêmio não quis deixar o Inter sozinho, então perdeu ontem pela Libertadores. Tolima 1x0, no México. Foi a primeira derrota do Grêmio no ano. O resultado, claro, é ruim, mas o Tricolor gaúcho ainda está na vice-liderança do seu grupo e se classificaria para a próxima fase.

Sobre o Inter, o buraco é mais embaixo. O time só fez 3 pontos em 9 e, hoje, estaria fora do mata-mata da Libertadores. Quem acompanha o blog, sabe: eu disse antes da 1a partida do Colorado que o clube vinha bem mais fraco em 2007. Vejamos a lista de dispensas e contratações do atual Campeão do Mundo:

Quem Saiu
-Rafael Sobis
-Jorge Wagner
-Tinga
-Bolivar
-Fabinho
-Fabiano Eller
-Renteria
-Luiz Adriano
-Leo

Quem Entrou
-Hidalgo
-Vargas
-Pinga
-Rafael Santos
-Christian
-Jean

O Inter contratou bem? Tem o mesmo nível do time de 2006? Deixe sua opinião nos comentários.

quinta-feira, março 15, 2007

Joelson e Josiel

Parece nome de dupla sertaneja, mas foram talvez os dois melhores jogadores do Flamengo, que passou hoje à liderança no grupo 5 da Libertadores. No papel, eles jogam no Paraná, mas em campo, foram excelentes zagueiros pro rubro-negro jogando para longe as (poucas) oportunidades claras de gol que o Paraná teve.

Na verdade, o Flamengo teve até mais e a vitória (1 a 0, gol de Renato) foi justa. Ainda que Ney Franco tenha caído naquela velha mania dos técnicos de querer garantir resultado e tirar o Juninho aos 10 do segundo tempo, deixando o time encolhido demais. Não precisava. O torcedor rubro-negro via uma boa surpresa ao descobrir que Renato Augusto sabe até marcar, sem contar que o volante Paulinho parecia ter vinte pulmões. O que aconteceu foi que perdeu o contra-ataque pelo meio. Dali em diante, so pelas pontas, com os laterais.

Passar em primeiro significa pegar o segundo colocado de outro grupo na próxima fase, ou seja, teoricamente, um adversário mais fraco. Porque, com Real Potosí, da Bolívia, e Maracaibo, da Venezuela, os únicos times brasileiros num mesmo grupo da competição precisam entrar em greve para não se classificar.

A lamentar, o braço quebrado do zagueiro paranaense João Vitor, que caiu na frente de Souza, quando ele chutar, logo no começo do jogo. O vídeo está na internet, mas quem quiser que procure. É muito feio e eu não vou postar aqui não. Pior, para o Paraná, é que foi logo o Joelson que entrou no lugar dele.


Quem periga a ficar de fora da segunda fase é o campeão mundial Inter, que tomou de 3 a 0 do Velez Sarsfield, da Argentina. Também já havia perido por 3 a 1 para o nacional de Montevidéu e está em terceiro em seu grupo, bem mais difícil. Na goleada de 3 a 0 do Santos sobre o também argentino Gimnasia y Esgrima, em casa, um golaço de Zé Roberto, por cobertura. Por enquanto, ainda não achei na net. Em breve, espero.

terça-feira, março 13, 2007

Vai no muro mesmo

A polícia pediu, a diretoria do Santos atendeu. Como nos informou o Globo Esporte, já para o próximo jogo do peixe todos os banheiros da Vila Belmiro estarão prontos para receber o público, sem seus respectivos vasos sanitários. É conveniente levar uma garrafinha para a hora do aperto, ou fazer nos muros que consagraram Pelé o que deveria estar sendo feito na cabeça dos vândalos e dos animais.

segunda-feira, março 12, 2007

Nada como uma mulher

Como já disse Thomaz Magalhães, não há nada mais brochante do que um dia oficial para as mulheres. Por isso, é bom ver como Ana Paula de Oliveira é falível como qualquer outro bandeirinha. Ela é uma das melhores assistentes do Brasil, mas isso em nada se deve ao seu gênero e, sim, ao que ela aprendeu.

Da mesma forma, os jogadores, ao reclamarem, não devem abrir da violência por ela ser mulher, mas porque futebol deve ser jogado na bola, não no grito. Novamente, independentemente do sexo da arbitragem. OK, bater em mulher - o que os santistas não chegaram a fazer -, seria pior, mas quem merece xingamento é a International Board, que não libera logo o uso de recursos tecnológicos para consulta da arbitragem.

Depois de assistirem o gol do Santos que ela anulou marcando um impedimento inexistente, que o Cid postou aí embaixo, relaxe ao som e à canastrice de Tom Jones interpretando Nothing But a Woman, de Robert Cray, remédio contra qualquer feminismo.

OS: faço minhas as palavras do meu amigo. Que timinho sem graça é o Milan.

Clássicos, porque Derby é marca de cigarro

O Fim-de-semana foi prógido de bons jogos, os quais já foram comentados de passagem pelo João "perdi o tempo que podia estar fazendo reclamando" Pequeno. Mas vou me centrar em dois clássicos (por favor, não chamem clássico de DERBY do meu lado): Inter x Milan e São Paulo x Santos.

O Milan é um time sem graça. Depende quase que exclusivamente do Kaká para algum lampejo criativo e ontem, após abrir o placar (com gol de Ronaldo, que foi chamado de palhaço gordo pela torcida rubro-negra), fez o que todo time sem graça faz quando sai na frente: recuou.

A Inter, que não é o melhor time do campeonato Italiano por acaso, virou com 2 gols do verdadeiro fenômeno de ontem: Julio Cruz. Jogão.

Em São Paulo o SanSão (1x1) foi tudo que prometia e mais. Até agora tem jogador dizendo que o Luxemburgo mandou bater, dirigente dizendo que não joga mais na Vila Belmiro, gente dizendo que Fábio Costa é mau-caráter...

Mas a melhor imagem da partida viria logo depois que a bandeirinha Ana Paula Oliveira erra um empedimento e com isso anula um gol do Santos (que naquele momento perdia o jogo). É cercada por jogadores que a xingam de tudo, soltam perdigotos na sua cara e ela, tomando chuva, fecha os olhos num momento de fragilidade que com certeza não queria demonstrar. Acompanhe o lance da anulação AQUI.

Faço outra previsão: o próximo SanSão vai ser ainda melhor, se não descambar pra violência. Não vou perder.

Nada acontece?

Meio-dia de segunda e ainda nenhum post...

Botafogo goleando Friburguense, Flamengo, Vasco e Fluminense vencendo. Do outro lado da ponte aérea, o Santos empatou o clássico com São Paulo e segue. Na Espanha, o Barcelona também, com o Real Madrid e, idem, segue na ponta...

Sem um número de páginas a preencher nem o tempo incessantes das ondas do rádio, seguimos esperado que um homem morda o cão.

sexta-feira, março 09, 2007

Vai valer a pena

Esqueça as longas e chatíssimas coletivas de imprensa do Leão, esqueça as inexplicáveis transmissões de jogos como Ponte Preta x Sertãozinho. O Paulistão vai pegar fogo, e este é O JOGO a ser assistido Domingo, 16h: Santos x São Paulo na Vila Belmiro (A Globo-RJ não passa, mas a Band sim).

O Peixe e o Tricolor paulista estão, rodada após rodada, se degladiando pela ponta da tabela e vêm apresentando o futebol mais consistente do campeonato. O Elenco do São Paulo, no papel, é melhor, mas o conjunto dado por Luxemburgo a um time onde até Antônio KKKarlos, Tiuí e Pedrinho estão bem, está fazendo a diferença. O Santos joga mais bonito e ganha com autoridade. O São Paulo anda passando sufoco, mas vence, e é isso que importa.

Apontar favoritismo é impossível. O jogo é e em Santos o que na lógica daria vantagem ao Peixe, mas futebol não é e nunca foi logico.

Largue o bairrismo de lado, bote a cerveja pra gelar e assista ao Paulistão Domingo. Com a TV no MUTE, claro.

quinta-feira, março 08, 2007

Serviço mal-feito

Talvez ainda sob efeito da conquista de ontem do Flamengo, o jornalista Cláudio Fernandes, do Lancenet!, afirmou que o "Fla não perde jogo decisivo em Estaduais há 11 anos". Algum editor ou revisor deveria lembrá-lo que há apenas um ano e meio (ou seja, nem estamos falando de uma pesquisa arqueológica) o Fluminense eliminou o Rubro-negro na final da Taça Rio por 4x1, no histórico FlaxFlu ocorrido um dia após a morte do Papa João Paulo II. Além disso, em 2003, o mesmo Fluminense venceu o mesmo Flamengo por 4x0 na semi-final do Cariocão, se classificando para a Final contra o Vasco.

Anticlímax

É o Flamengo vencer a Taça Guanabara e a torcida ganhar como prêmio do Sportv uma entrevista com o Leão após mais um fiasco do Curíntia. Quem atura tanto destaques às desimportâncias paulistanas?

quarta-feira, março 07, 2007

Grande Merda

Flamengo foi campeão da Taça Guanabara, e daí?

Em 1981, o rubro-negro comemorou, no Maracanã a devolução de uma goleada de 6 x 0 que perdurava por longos nove anos do Botafogo.

Após duas derrotas, para o Madureira, no mínimo o Flamengo tinha a obrigação de superar o placar da goleada de 4 x 1.

Tentou. Mas não conseguiu. E nem teve tanto afinco, ficou um bom tempo cozinhando os 3 x 1 até conseguir o pênalti - a primeira contribuição positivo que o Claiton fez até agora.

À exceção daqueles torcedores mais otimistas do que manchete do Jornal dos Sports, não dá pra ficar satisfeito.

Inversão de valores

O árbitro de, até agora, Fla 3 x 1 Madureira foi roubado a caminho do Maracanã. Daqui a pouco, os contribuintes vão exigir restituição de imposto. Onde vamos parar?

Com o título da Taça Guanabara na mão por enquanto, o Flamengo deve ter como objetivo superar a goleada sofrida por 4 a 1 na primeira fase.

Dando quatro rapidinhos

13 minutos de jogo e três gols na segunda partida decisiva da Taça Guanabra. por enquanto. Fla 3 de Souza (2) e Renato Augusto x Madureira 1, de Leo Fortunato, com passe de Claiton (é, isso mesmo).

Mas nada que se compare aos nove segundos (isso mesmo, 9 segundos) em que o Bayern de Munique roubou uma bola na saída de jogo e fez 1 a 0 no Real Madrid - acabou vencendo por 2 a 1 nos 90 minutos e passou às quartas da Liga dos Campeões, junto com Valencia, Liverpool, Manchester United, Chelsea, PSV, Milan e Roma.

terça-feira, março 06, 2007

Sobre arbitragem


Se até mesmo o Calvinball tem suas regras, mesmo que nunca as mesmas de um jogo para o outro, todos os principais esportes profissionais sabem da importância de preservar e fazer valer as suas. É uma questão de credibilidade, todos os envolvidos esperam que as regras sejam seguidas para que o jogo faça sentido e seja prazeroso de se assistir. O torcedor espera que as regras sejam seguidas, e até mesmo quando o seu time é prejudicado por elas pode apenas lamentar e esperar que o imbecil que deu o carrinho por trás não seja escalado pelo técnico nunca mais na vida. Mas se o erro for da arbitragem...

No vôlei, por exemplo, são dois árbitros, mais dois responsáveis pela contagem de pontos e quatro juízes de linha, em um esporte onde não há contato físico. Na NFL há uma equipe de 7 árbitros, sendo um deles com poder final de decisão, onde todos os que tinham visão do lance podem opinar sobre o assunto. No basquete são três os responsáveis por garantir que as regras sejam cumpridas, além da mesa que cuida da cronometragem, marcação dos pontos, faltas e outras tecnicalidades. Com poder igual de decisão, os três árbitros do basquete tomam conta da quadra de 420 metros quadrados.

É o mesmo número de árbitros que cuidam dos 8.250 metros quadrados do nosso Maracanã, sendo que apenas um deles tem a palavra final sobre tudo que acontece no campo e os outros dois ficam presos a uma faixa de 55 metros de comprimento em lados opostos do campo.

A UEFA já anunciou que estuda a possibilidade de colocar dois árbitros em campo, algo que o técnico da seleção francesa também já pediu.

Mas do que a FIFA tem tanto medo que ainda não tomou nenhuma atitude séria para melhorar qualidade na aplicação das regras do jogo? Dar um pouco mais de poder aos bandeirinhas não é o suficiente, o máximo que vemos é uma marcação de falta na linha de fundo, uma ajudinha para formar as barreiras. Esse poder maior em alguns casos acaba sendo um passo atrás, assistentes sem a menor qualidade não estão aptos para a responsabilidade maior que lhes cai sobre os ombros.

A FIFA deve concordar com Nelson Rodrigues quanto ao videotape, pois não quer nem saber de pedir ajuda a ele durante as partidas, apesar de ser usado com sucesso em outros esportes profissionais. A NFL já usa o replay instantâneo na beira de campo há bastante tempo, o basquete abriu uma brecha para arremessos nos instantes finais das partidas e o responsável pelo VT nos jogos de hockey no gelo tem a palavra final sobre os gols duvidosos. Até mesmo o tradicional tênis usa o sistema Hawk-Eye para calcular a trajetória da bolinha amarela e confirmar os pontos.

Aqui no Brasil, além das limitações técnicas impostas pelas regras da FIFA, a arbitragem ainda sofre pela má preparação dos sopradores de apito. Não pode o bandeirinha lá do meio do campo precisar avisar o juiz de cotoveladas e socos dentro do gol. Não podem os árbitros das finais serem escolhidos por sorteio. A prática do sorteio é um atestado da falência moral da comissão de abritragem, pois já assume a contaminação do resultado se o árbitro tiver sido previamente selecionado.

Além de uma modernização nas regras, em terras tupiniquins precisamos também de uma profissionalização dos quadros de arbitragem. Certamente o grau de exigência para alguém ser árbitro de futebol no Brasil não chega aos pés do que se pede, por exemplo, de um árbitro de baseball nos EUA. São apenas duas as escolas de arbitragem autorizadas pela MLB, e apenas os melhores dos melhores conseguem uma das 64 vagas no quadro de árbitragem da liga principal para ganhar entre 100 e 300 mil dólares por ano.

Mais uma Lei de Irresponsabilidade Fiscal?


Não faz assim tanto tempo, nosso excelentíssimo senhor presidente da República sugeriu na ONU a criação de um fundo mundial contra a pobreza. Sobre como ele seria gerido, nem meia idéia. Vai ver porque a idéia não era essa mesmo, mas apenas se mostrar bem intencionado, aparecer bem na fita.

Vai pela mesma vertente de, assim por dizer, pensamento, as propostas estudadas de 'modernização' da Lei Pelé pelo próprio, mais o técnico Wanderley Luxemburgo, cuja única alegada função extracampo teria sido como 'negociador de jogadores' - termo que não vou usar porque não quero levar processo - e o ministro Orlando Silva Jr., cuja principal função à frente da pasta do Esporte é ocupar a cota nela destinada ao PC do B.

A principal idéia tirada da reunião do trio Parada Dura foi a criação de um fundo a promover uma espécie de resgate financeiro dos clubes brasileiros, evitando que eles continuassem a perder tantos atletas para o exterior.

A fonte de custeio, alardeou-se, não viria dos cofres públicos, mas dos próprios clubes, que dariam uma porcentagem de suas vendas de jogadores para este fundo, e da CBF, que contribuiria com uma parte da renda dos jogos da seleção. Olhando superficialmente parece OK, mas, observando mais a fundo, começamos a ver os problemas.

Se a NBA, por exemplo, tem um fundo comum de cooperação entre seus times, é porque eles, que formjam uma liga, assim decidiram, por pensarem que era melhor para os negócios deles. Aqui, tratar-se-á, caso seja aprovada, de mais uma forma de o governo decidir como entes privados devem, compulsoriamente, fazer seus negócios. Não se tratará, como deveria ser, de uma decisão soberana de uma entidade privada e de seus clubes associados - por mais que estes povavelmente adorassem a idéia se o dinheiro viesse do erário público.

Depois, ainda tem outro porém: quem administraria este fundo? Se for o estado, pode crer que, em breve, teremos uma 'Fundação FutBras' e que a arrecadação do PC do B não mais virá basicamente das carteirinhas de estudantes - verdadeiras e falsas - emitidas pela UNE.

Se forem os clubes, o dinheiro terá o mesmo destino que terá o da Timemania, das transações de jogadores, de vendas de ingressos, de transmissão por TV... (e a mesma origem da grana do milhão e setecentos dos petistas 'aloprados'): ninguém sabe.

Isto acontece porque não há uma prestação de contas transparente, aberta, sequer aos sócios. Se não é possível obrigar todos os clubes a se tornarem empresas - e não devem ser mesmo, porque, por definição, são coisas diferentes -, obrigue-se qualquer entidade que realidade transações superiores a valores X a prestarem suas contas como fazem as empresas.

Da mesma forma com que movimentações financeiras superiores a meros R$ 10 mil precisam ser comunicadas ao Coaf, transações do nível que os clubes brasileiros fazem precisam ter transparência, ao menos para seus sócios. Que rubro-negro não se lembra dos valores diferentes atribuídos à compra daquele volante Mozart (que de maestro só tinha o nome)?

Ao invés de querer inventar como os clubes devem fazer seus negócios, o ministro dos Esportes poderia discutir uma maneira de obrigá-los a mantê-los transparentes a seus sócios.

segunda-feira, março 05, 2007

Independentemente do resultado...




... do segundo jogo final da Taça Guanabara, na quarta-feira, e sem desmerecer o trabalho do técnico Alfredo Sampaio e dosa dispostos jogadores do tricolor subrubano, time 'grande' que perde duas partidas seguidas para o Madureira não pode ser campeão de nada.

Poste

Quando, ainda estudando na Escola de Comunicação da UFRJ, jogava peladas no campo da Praia Vermelha, se ficava na zaga escolhia sempre marcar o Miguel. Não por que fosse o adversário mais perigoso. Pelo contrário.

Um ex-bom atacante que, embora mais novo do que eu, transformou-se precocemente em exemplo de atleta dedicado apenas ao halterocopismo, o que redundou em um uma silhueta arredondada e na velocidade correspondente a ela. Mais fácil de marcar, assim como o Souza por Odvan e Leo Fortunato, uma zaga não tão jovem assim.

Um grande time, de fato



Quem merece o status de time grande mesmo é o Jaraguá do Sul, de futsal. Com craques como Falcão, Valdin e Márcio, a equipe catarinense fez o que se espera de um time grande. Não deu chance a adversários menores. Primeiro, foi o Universo, de Pernambuco, na semifinal. Depois, o Petrópolis, que mesmo sendo o melhor time do Rio há uns bons cinco anos não resistiu na final. No intervalo, ambos já perdiam por 4 a 0, com verdadeiros shows de bola nos aspectos técnico, tático, de criatividade e de velocidade.

Mesmo pisando no freio nas segundas etapas, o Jaraguá venceu a semifinal por 5 x 2 e a final por 6 x 1. Nesta, destacou-se o goleiro Tiago, que marcou o primeiro gol e fez com a mão o lançamento para o segundo, abrindo caminho para o pentacampeonato consecutivo da Taça Brasil de Futsal.

Ele joga muito e dá uma dica do que pode ser o futuro do esporte: o uso cada vez mais comum de goleiros como jogadores de linha pode vir a fazer com a habilidade com os pés venha a ser um pré-requisito para os goleiros em médio prazo, estabelecendo-os de vez como jogadores de dupla função - o velho beque-quíper das peladas.

domingo, março 04, 2007

Adrenalina e raiva

No Maracanã, o primeiro jogo da decisão da Taça Guanabara terminou Madureira 1 x 0 Flamengo. No primiro tempo, o jogo foi parelho, o Flamengo teve mais qualidade e volume de jogo, mas não conseguiu finalizar e parou na boa marcação de Odvan (!?!) e Léo Fortunato.

No segunto tempo, o jogo parecia caminhar para um empate ou vitória rubro-negra. O Madureira se encolhia e o Fla pressionava, até que o juiz, péssimo (não marcou um pênalti em Souza no 1o tempo), não só não marcou em penal claro para o tricolor suburbano, como deu no lance o segundo amarelo para Marcelo.

Com um a mais, quando parecia que o Flamengo ia resolver a partida, o Madureira se encheu de brios, raiva e adrenalina e resolveu jogar de igual pra igual. Acabou premiado com um gol num belo chute de Maicon (veja aqui lances da partida).

As metades da laranja

O Madureira ainda perdeu um gol inacreditável nos pés de Fábio Júnior, e a arbitragem não perdeu a chance de fazer outra burrada e expulsou Moisés, do Fla, numa confusão onde deveria ter expulso também um jogador do time de Conselheiro Galvão.

Sim, eu me lembro que disse que o Madura não teria forças pra ganhar a Taça numa final em dois jogos, e ainda acho isso, mas uma derota pode ser um acidente, duas já fica difícil explicar. O Madureira segue como o único invicto do Carioca. E o Rubro-negro não vence na competição desde o jogo contra o Boavista, há um mês.

Leão leva sacode do Porco

No Morumbi, o Palmeiras não tomou conhecimento do Corinthians e meteu 3x0 em ótima partida de Edmundo, que fez 2 gols e deu o passe para o outro (Veja os gols).

A nota lamentável do jogo é que NIlmar machucou o outro joelho e pode ficar mais um longo período fora dos campos. Tomara que seja uma contusão menos grave.

Apesar da campanha e comportamento erráticos do técnico Émerson Leão, a diretoria do Timão não deve mandá-lo embora ainda, pois a grande questão é: pra colocar quem?

Na Vila, o Santos confirmou sua liderança vencendo o Paulista de Jundiaí por 2x1. O São Paulo, que ganhou ontem do Juventus em casa, segue na cola.

sábado, março 03, 2007

Gramática

Os Palmeiras empataram com os Santos na sexta rodada do Paulistão. O jogo entre o Bahia e a Vitória é o maior clássico da Bahia.

Soa estranho? Então vamos combinar uma coisa, os Nuggets não estão jogando contra os Rockets esta noite, com transmissão da ESPN. Irritante esta mania de locutor e comentarista brasileiro...