sexta-feira, agosto 10, 2007
Cuba livre... de explicações
Fidel Castro declara que os dois boxeadores que deixaram a delegação cubana durante o Pan não farão mais parte da equipe nacional apenas três dias após afirmar que eles não sofreriam represálias.
O lutador de vale tudo Ricardo Arona, que esteve com os pugilistas cubanos, reforça a estranheza com que Erislandy Lara e Guillermo Rigondeaux só disseram ter vontade de voltar à ilha após serem capturados, contando que eles se sentiam pressionados e temiam por suas famílias.
Não bastasse tanto mistério, ainda há pelo menos uma questão importante não esclarecida sobre a volta de metade dos atletas de Cuba no sábado à noite, em meio a rumores de novas deserções – os outros dois refugiados, um jogador de handebol e um técnico de ginástica, receberam asilo político.
Se a outra metade da delegação de Cuba voltaria somente no domingo, por que a seleção masculina de vôlei, que teria premiação na noite de sábado, não ficou neste grupo, ao contrário de dezenas de atletas que já não tinham mais nenhum compromisso no Rio e poderiam voltar naquela noite sem prejuízo à participação deles nos jogos?
É demais imaginar que algumas dessas eventuais deserções estivessem cogitadas para acontecer justamente entre os jogadores de vôlei, já que não havia nenhum outro motivo plausível para eles serem incluídos no grupo que voltou mais cedo?
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