quinta-feira, agosto 02, 2007

Convulsão acoólica


O futebol brasileiro (termo usado na acepção de Fernando Calazans) é que nem o Ziraldo: nunca falha.
Alguma coisa acontece, talvez convulsão.

Se for para les bleus, então, nem se fala. Isso nunca me aconteceu antes. Antes das nove, antes de 1950, antes de... quando mesmo?

Em 1998, não importa que a Canarinho tenha chegado à final aos trancos e barrancos, perdendo para a Noruega logo na primeira fase e vencendo nos pênaltis uma Holanda que a dominou durante quase todos 120 minutos de tempo normal e prorrogação - enquanto Zidane dava ovinho sentado.

Em 2001, na Copa das Confederações, Marcos Caetano ressaltava no JB que o Brasil perdera só por 2 a 1 com o time reserva e algo como "imagine se fossem os titulares", omitindo pel menos três gols feitos desperdiçados por Anelka, que poderiam levar elevar o placar a nada absurdos 4 ou 5 a 1.

Gozado que em 2006, quando os titulares estavam lá, o mesmo Marcos deu, no No Mínimo, a esplêndida sugestão de levar o Romário para ajudá-lo a somar para o milésimo. Faria sentido. Mais uma busca por recorde pessoal casaria bem com as demais daquele esplêndido fracasso.

Agora, um ano depois, a desculpa mais velha do mundo é arranjada pelo presidente Ricardo Teixeira, dizendo que jogadores chagavam bêbados e que faltou pulso a Parreira, inclusive tendo sido este o motivo de chamar o Dunga: para disciplinar (com aquelas camisas???)

O que Teixeira não diz, entretanto, é por que nção tomou uma atitude antes da Copa. De porre estava quem se embevecia com a soberba do Joga Bonito e não via a receita do fracasso embutida naquele grupo de funcionários públicos com estabilidade.

Não é difícil imaginar o colunista Calazans perguntando a algum daqueles 11 homens de ouro se não perderam porque não jogaram "futebol brasileiro" com a resposta vindo sob efeito da sinceridade etilicamente estimulada:

"Não, mestre, pelo contrário. O que aconteceu é que nunca fomos tão brasileiros"

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