A tese de que as vaias ao presidente na abertura do Pan teriam sido orquestradas – e puxadas por 70 gatos pingados em um Maracanã lotado –, por si só, merecia tanta atenção quanto à que morcego é rato velho que cria asa
Ela vai além disso, porém, sendo um pleno exercício da novilíngua de George Orwell em 1984. O presidente foi vaiado justamente porque a platéia não era formada por seu staff com um pelotão de correligionários, puxa-sacos e/ou beneficiados por bolsa disso ou daquilo na chamada fila do gargarejo, como em todo evento oficial, inclusive no que logo em seguida, em Cuiabá, onde a máquina do prefeito Wilson Santos – do PSDB – não deixou os manifestantes chegarem perto de ‘nosso guia’.
Lula é um triatleta da mentira. Ao insinuar que os que os vaiaram “deveriam estar aplaudindo”, por serem os que mais ganharam dinheiro (sic) em seu governo, ele consegue, em uma só frase: insinuar que somente ricos o vaiam; que todas as pessoas ricas (sic) são mercenários incapazes de se interessar por nada além dos próprios bolsos e que cabe ao presidente dizer o que as pessoas devem ou não fazer, como se fossem súditos de uma monarquia absolutista.
sexta-feira, agosto 10, 2007
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