segunda-feira, outubro 08, 2007

Tema de três técnicos

Vanderlei acerta

Vanderlei Luxemburgo deu bons toques há pouco no programa Bem, Amigos, do SporTV. Entre outras, condenou treinadores de divisões de base que escalam times com três zagueiros porque assim, segundo ele, o jovem aspirante acaba não aprendendo a jogar em sua função como ela é normalmente – em dupla. E ainda pediu que as categorias de base passassem a ser treinadas em campos menores, “para o garoto tocar mais na bola”.

De acordo com Luxemburgo, que exemplificou com Maradona – criado em peladas de rua – e craques que vieram do futsal, como Ronaldinho Gaúcho, quanto mais o adolescente toca na bola, mais intimidade ele cria. Enquanto que jogando em um campo comum, mas sem o mesmo tamanho de um adulto, esse contato diminui consideravelmente. Ele tem razão. Lembro que, longe de ter categoria para sonhar em ser um profissional, nunca gostei muito de jogar campo – só salão e, no máximo soçaite – justamente porque tocava na bola o tempo todo.

Sem compromisso com o erro

Ainda que por linhas tortas – até colocar o volante Túlio de técnico foi cogitado –, o Botafogo acertou ao trazer Cuca de volta. Persistir no erro de trocá-lo por Mário Sérgio seria burrice, simplesmente porque Cuca já mostrou que é bom técnico. Mário Sérgio, até agora, nos times por que passou, tem mostrado exatamente o contrário...

Nunca é demais lembrar que fim levou o Fluminense em 1996, ao improvisar o então jogador Renato Gaúcho – hoje, de fato um treinador – na função. Conseguiu o título, até agora, inédito no Brasil, de três rebaixamentos consecutivos, castigando uma virada de mesa naquele mesmo ano para permanecer na zelite.

Muito mais simples que um nó

Falando em Renato, em errou ao dizer que o Fluminense venceu o Flamengo porque deu um “nó tático” no rival, anulando os laterais e se apoderando, ironicamente, do termo criado pelo treinador rival, Joel Santana, há exatos 10 anos. Quem viu o jogo sabe que uma das melhores chances de empate do rubro-negro surgiu justamente de um avanço de Leonardo Moura, em que um beque tricolor quase fez contra ao cortar. O Flu ganhou porque fez um gol logo no começo, obrigando o Fla a se jogar ao ataque – se cansando com isso – e outro no início do 2º tempo, matando a chance de reação. Simples assim.

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