terça-feira, abril 08, 2008

El Embajador de Los Andes


No fronteira com Foz do Iguaçu, não faz muito tempo, alguns, digamos, comerciantes paraguaios protestaram contra a atitude da Polícia Federal brasileira em revistá-los - ou seja, fazer seu trabalho. Hoje, peruanos recebem o Flamengo fazem o mesmo contra o Flamengo por não querer jogar na criminosa altitude de Cuzco. No ano passado, o rubro-negro, com jogadores despencando em campo, simbolizou a luta contra condições desumanas em que times são forçados a jogar e quase fez a Fifa proibir em todo o mundo partidas a mais de 2.750 metros.

Mas aqui na américa latrina essas coisas não funcionam. As regras são feitas de acordo com a conveniência e a culpa é do imperialismo da Fifa. E quem reclama é um fascista contra a integração continental. Nada mais representativo dessa bananiquice do que o presidente bolivariano, digo, boliviano, Evo Imorales, batendo bola em uma campanha contra a igualdade de condições de jogo.

Os caudilhos de esquerda são assim mesmo. Pregam a igualdade de resultados até no futebol, mesmo porque como só um time pode ser campeão, é natural que muitos dos perdedores não se conformem e os apoiem. O melhor jogador de La paz, de Cuzco, de Quito (exceção feita a Alex Aguinaga) etc. é o ar rarefeito. Jogar bola mesmo, não é realmente a especialidade deles, e, como os Evos e Correas da vida acham um absurdo haver um vencedor até em jogo de futebol, consideram lícito burlar as regras para garantir a igualdade. Aquele velho lengalenga socialóide de desigualadade para desiguais. Aprender a jogar direito? Ah, não... dá muito trabalho.

Não é difícil entender a simpatia do Chico Buarque por esses presepeiros. O sonho deles era fazerem de seus estádios um Polytheama.

sábado, abril 05, 2008

Satisfação por jogar bola

Já era de se esperar, dado o nível de caretice antifutebolística que assola o... futebol. O craque portuga Cristiano Ronaldo agora tem se explicar por driblar e deixar o adversários para trás - parte do objetivo de um jogador. Veja a declaração dele em resposta ao meiocampista Pizarro, da Roma, que não conseguiu marcá-lo (o Manchester, time de Ronaldo, venceu por 2 a 0):

"- Nunca tive a intenção de fazer ninguém de bobo. Meus dribles e efeitos em campo são objetivos, sempre pensando no bem do time. Em campo, respeito meus adversários. Se alguém pensa que meus movimentos são para zombar dos rivais, então esse alguém está enganado. Sempre fui assim e continuarei sendo. Jogo para o time"

Ronaldo não que dar explicação nenhuma. Ele sabe jogar melhor. O futebol é feito por ele, não por medíocres resmungões.

Ô Pizarro, vai aprender a jogar bola!