Sob o céu azul de nuvens doidas de Brasília, nosso querido presidente Luiz Inácio da Silva abraçava o companhêro Evo Morales pela conquista conjunta do aumento do preço do gás boliviano para o Brasil. Menos de um ano após a dupla se congratular pela quebra, por Evo, de um acordo entre os dois países, jogando no lixo milhões em investimentos brasileiros no altiplano - Sob a benção do Chapolin Colorado.
Sob a chuva torrencial e aos quase 4 quilômetros de altitude de Potosí, o Flamengo foi recebido em um gramado que mais parecia um disco (de vinil, bolachão), tamanhos os sulcos circulares. Com a interrupção do processo da Fifa para proibir jogos internacionais a mais de 2.800 metros, sobraram ao Mengão os cojones para enfrentar a adversidade que em nosso guia sobra apenas em verniz.
A altitude só não pôde ser usada como desculpa para a falta de atitude da zaga rubro-negra, tão consistente quanto um discurso do Celso Amorim, no início da partida, praticamente chamando o ataque do Real Potosí - tem escudo, e só isso, idêntico ao do seu xará de Madri -, para fazer os gols (o segundo impedido) que puseram 2 a 0 para os bolivianos no primeiro tempo.
Mas deu gosto ver a velha raça rubro-negra, empatando na segunda eatapa, mesmo com todas as condições meteorológicas contrárias, tal qual a inteligência de finalmente usar a informação descoberta por seu espião para explorar a fragilidade do adversário nas bolas áreas e assim fazer seus gols, com Roni - que, novamente, entrou muito bem - e Obina (impedido, 1 a 1 neste quesito).
Veja os gols em: http://video.globo.com/Videos/Player/Esportes/0,,GIM638972-7824-FLAMENGO+EMPATA+EM+A+COM+O+REAL+POTOSI+PELA+COPA+LIBERTADORES,00.html
Mas, principalmente, ver a entrega de Renato, Renato Augusto, Claiton, até o goleiro Bruno, tomando oxigênio à beira do gramado para voltar e, mesmo se arrastando, ser o primeiro time a conseguir empatar com o Potosí lá, bem lá no alto - para se ter uma idéia, o Peñarol, pouco tempo atrás, tomou de 6 a 1.
Parabéns aos jogadores do Flamengo. E, caso cumpram a promessa de denunciar à Fifa o absurdo que foi o jogo de ontem, também aos dirigentes. O site oficial do clube já traz uma nota de protesto contra as condições a que o time foi exposto. Como serão o Paraná e Marcaibo, da Venezuela. Leia a íntegra: http://flamengo.globo.com/noticias/integra.asp?e=14953
Já quanto ao excelentíssimo... Melhor pensar no Carnaval.
Faixa-bônus das Américas
Falando no continente americano, saiu ontem a relação dos grupos da Copa América. O que já ficaria enfraquecido por ter como cabeça o país-sede, Venezuela, ainda recebeu a outra nulidade que é a Bolívia e o Peru, que há mais de 20 anos não consegue se classificar para o uma Copa. O mais forte é o Uruguai, que, mesmo assim, já não assusta mais.
A diferença é notável em relação aos grupos dos cabeças-de-chave de verdade. Brasil, com México, Chile e Equador. Argentina pegando Colômbia, Paraguai e Estados Unidos.
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Um comentário:
No grupo brasileiro só quem assusta mesmo é o México.
A seleção canarinho, depois de dominar completamente os adversários mexicanos nas décadas de 70 e 90, tem tomado um sufoco desde que perdeu a final da Copa das Confederações em 99. Contando com aquele 3x4 na Cidade do México, de lá pra cá foram 7 confrontos e apenas uma vitória, 4x0 na Copa América de 2004, contra 3 derrotas e 2 empates.
O Chile é cachorro morto, a última derrota foi há 7 anos nas eliminatórias para a Copa de 2002.
E o Equador só ganhou do Brasil jogando em Quito.
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