O zagueiro Renato Silva não é mais jogador do Fluminense. Pego no exame antidoping do jogo contra o Volta Redonda, no 1o turno, por uso de maconha, o jogador foi dispensado por justa causa pelo clube.
Bom, e aí? Muito vai se discutir e já está se discutindo: o clube foi correto? Insensível? Hipócrita? Vamos aos fatos:
Não temos como saber se Renato Silva usou a substância recreativamente ou se é "viciado". De qualquer forma, o presidente tricolor se prontificou a pagar um tratamento contra a dependência, mesmo Renato não sendo mais seu funcionário.
É fato que Renato já não vinha agradando em campo e, inclusive, estava na reserva. Talvez, fosse um atleta indispensável, a reação da diretoria poderia ser mais branda. Também é fato que o zagueiro pode pegar um gancho de até DOIS ANOS de suspensão, e nenhum patrão pagaria alguém para não trabalhar por tanto tempo.
De qualquer maneira, não é justo cobrar uma ação paternalista do Fluminense, que é patrocinado por uma empresa médica (que não quer, com certeza, relacionar seu nome com consumo de "drogas")e mantém centenas de jovens em suas divisões de base. Infelizmente(?), é preciso dar o exemplo, e às vezes de forma sumária.
Pra mim o grande absurdo de toda a situação é que, na FIFA, fumar um baseado é mais grave que quebrar a perna ou a cara de um adversario. Jogadores dão cotoveladas e socos e pegam geralmente alguns jogos de suspensão. Renato pode ficar 720 dias (!!) sem praticar futebol por consumir uma substância que, sim, é ilegal, mas que comprovadamente não melhoraria em nada seu desempenho atlético.
Giba, do vôlei, foi uma prova de que pessoas podem ser bem sucedidas (até no esporte) tomando seu chopinho ou fumando seu baseado com moderação. Daquela vez e agora, poderíamos ter uma discussão interessante sobre a legislação do país e do esporte sobre o tema, mas provavelmente teremos o mesmo roteiro de sempre: Renato vai se internar, se dizer "viciado" e depois de um tempo se dizer "limpo".
sexta-feira, março 23, 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário